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NOTÍCIA

Cana-de-açúcar

Goiás fecha safra 2014/2015 com boa produtividade

cana de acucarEm coletiva com jornalistas, o presidente do Sifaeg/Sifaçúcar antecipou expectativa para a safra 2015/2016 de cana-de-açúcar e apresentou resultados da última safra

 Na tarde desta segunda-feira, 18 de maio, o presidente Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás e Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar), André Rocha, se reuniu com jornalistas para apresentar o balanço da safra 2014/2015 de cana-de-açúcar e adiantar a previsão sobre a próxima safra.

Conforme avaliação de André Rocha, a safra 2014/2015 foi considera positiva para o Estado de Goiás, segundo maior produtor de cana, que totalizou 66.833.261 toneladas na última safra. Entretanto, para os demais Estados da região Centro-Sul o cenário não foi tão favorável. “A seca no restante do País prejudicou a última safra. Goiás apresentou boa chuva durante todo o mês de abril alcançando boa produtividade na safra 2014/2015”, avaliou André. A safra 2014/2015 teve desempenho 7% maior que a 2013/2014 em Goiás.

Com relação à crise, André comentou que o setor ainda sofre com seus desdobramentos. “Ainda temos 66 empresas em recuperação judicial. Só em Goiás são quatro”, disse. O Estado de Goiás possui 38 unidas industriais, das quais 37 vão processar a cana durante a safra 2015/2016.

 Cenário

O governo federal tomou medidas consideradas positivas, como o aumento da mistura de etanol à gasolina, leilões dedicados à biomassa (o que a torna mais competitiva e incentiva o retrofit, aumentando a oferta) e retorno parcial da Cide (política de diferenciação tributária entre etanol e gasolina). Entretanto, outras iniciativas tiveram impacto negativo, tais como a alta de taxas de juros, o aumento do diesel e a desvalorização do Real (muitas empresas estão endividadas em dólar). André acredita que a presença da ministra Kátia Abreu tem ajudado a interlocução do setor com o governo.

As medidas adotadas pelos Estados de Minas Gerais, Bahia e Paraná – de aumento do diferencial de alíquotas de ICMS da gasolina para o etanol, foi vista como positiva, com destaque para Minas Gerais, onde a gasolina passou a ter ICMS de 29% e etanol de 14%, sendo a maior diferença do País.

André considerou que as más políticas públicas do governo federal aliadas à crise mundial prejudicaram o setor nos últimos anos. O destaque ficou para a falta de preço e leilões de energia dedicados para a cana-de-açúcar. “O governo federal englobava todas as formas de energia em um mesmo leilão, sem considerar suas particularidades”, contestou. “Em 2015 o governo começou a fazer leilões separados, o que ajuda com que as empresas possam ofertar mais”.

Rocha considera que o cenário não está atrativo para o setor graças à três fatores principais: a falta de segurança jurídica e previsibilidade, a rentabilidade e o endividamento das empresas do setor.

O congelamento do preço da gasolina no Brasil também foi uma medida destacada. “A iniciativa desencadeou uma série de problemas. A Petrobrás teve que vender seu combustível mais barato do que comprou, o que trouxe prejuízos para a empresa; várias empresas do setor fecharam; o índice de desempregos no setor subiu; a cadeia produtiva perdeu em vendas e houve prejuízo na balança comercial”, destacou o presidente.

 2015/2015

O presidente do Sifaeg/Sifaçúcar adianta que a safra 2015/2016 da região Centro-Sul deve ser maior que a passada. “Temos mais cana do que no ano passado. Por causa das chuvas, não sabemos se será possível colher tudo o que foi plantado”. Com o preço do açúcar ruim e o consumo do etanol elevado, André acredita que a produção do combustível será mais alta.

Durante a safra 2014/2015, foram produzidos 1.997.114 toneladas de açúcar e 4.226.854 m³ de etanol. A previsão para a safra 2015/2016 é que Goiás produza 68.537.014 toneladas de cana; 2.062.339 toneladas de açúcar e 4.276.607 m³ de etanol.

Foi ressaltada a importância das usinas de cana para o País e principalmente para o Estado de Goiás. Graças a elas, cidades interioranas demonstram aumento nos índices de desenvolvimento e 75 mil pessoas são empregadas, ao contrário do combustível fóssil que não beneficia o Estado.

Com relação à volta da Cide, a expectativa é que seja recomposta nos valores que apresentava anteriormente.

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